No entanto, existem cientistas que têm os pés no chão e por isso não tentam impedir a morte, mas focam suas pesquisas e projetos na longevidade da memória das pessoas. Atualmente só lembramos-nos de seres ausentes através de fotos, vídeos e de nosso próprio cérebro. Todavia, algumas cientistas pretendem mudar isso e aumentar as emoções dos seres viventes.
Conheça o projeto
Janis Jefferies, Barbara Layne e Miguel Andres-Clavera são os diretores criativos que originaram um dos mais inusitados projetos de todos os tempos: uma roupa capaz de coletar dados diversos que contêm informações sobre emoções, ações e até atividades involuntárias da pessoa — como o ritmo dos batimentos do coração, a respiração e temperatura do corpo.
Tais dados são coletados através de sensores diversos espalhados em uma jaqueta altamente tecnológica, capaz de transmitir as informações para um dispositivo móvel (como um celular), graças à tecnologia sem fio embutida na roupa. Veja como funciona: uma quantidade imensurável de informações é coletada de uma pessoa qualquer durante um longo período. Depois que essa pessoa morre, suas memórias ficam guardadas num banco de dados.

Mas que maluquice é essa?
Você tem acompanhado a série de filmes Harry Potter? Quem assistiu ao último filme deve lembrar-se muito bem da cena em que o menino bruxo tem acesso às memórias do personagem do mal e pode visualizá-las num recipiente mágico. A jaqueta Wearable Absence seria algo parecido, mas com a diferença de que você necessita de tecnologia em vez de magia.
Obviamente, a jaqueta não grava tudo o que você pensou em sua vida, até porque ela não é programada para analisar as memórias do cérebro da pessoa. No entanto, analisar a complexidade dessa tecnologia é bem interessante, visto que ela consegue aliar atividades reais ao mundo dos bits.
O ser ausente deixa as mensagens
A caixa postal dos celulares e dos telefones residenciais foi uma invenção bem interessante. Agora imagine se fosse possível ouvir a voz de um parente querido que já se foi. Essa função tem sido desenvolvida pela equipe da Wearable Absence e deve funcionar sem muitas complicações, visto que a jaqueta terá funções especiais para gravar a voz do usuário inicial e transmitir tais recados em momentos apropriados para o usuário posterior.

Por exemplo: se o seu avô tivesse usado uma jaqueta dessas e tivesse gravado uma mensagem para lhe dizer quando você entrasse numa universidade, mas ele não teve tal oportunidade, a jaqueta que você usar poderá receber essa memória e transmiti-la no momento exato.
Relembre com imagens e vídeos
Tudo bem, essa tecnologia nós já temos e podemos ver fotos e vídeos quando quisermos, contudo é muito improvável que você possua uma jaqueta que reproduz fotos e vídeos. A Wearable Absence deve ser a primeira roupa tecnológica dotada de uma série de LEDs unificados, capazes de transmitir textos, imagens e vídeos.

Memórias não devem ser eternizadas
O objetivo principal da Wearable Absence é justamente proporcionar uma vida melhor para quem ainda está vivo. Talvez aí esteja o principal motivo pelo qual a jaqueta não grava tudo o que passa pelo cérebro da pessoa. Seria muito complicado criar um filtro inteligente para selecionar o que realmente importa e também seria desnecessário um amigo ou parente saber que você adorava ler revistas no banheiro. Ou será que isso seria legal?
Enfim, independente de quais memórias a roupa vai gravar, nota-se que a funcionalidade do dispositivo é interessante. Não há divulgações quanto a preços ou disponibilidade do produto, sendo que é provável que ele nem seja comercializado.
Você compraria essa jaqueta? Seria interessante a transferência de emoções e memórias para outras pessoas ou não serviria de nada tal funcionalidade?
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